Desde
os anos 30 do Século XX que podemos falar que, o petróleo é 10 por cento de
economia e 90 por cento de política. Com choque petrolífero dos inícios dos
anos de 1970, dá se início assim a várias guerras levadas a cabo pelo e para o
petróleo. O barril a cada dia que se passa tem tido seu preço supervalorizado,
ultrapassando os preços recorde colocando em evidência os consideráveis
desafios e tensões nos mercados petrolíferos. Esta geopolítica dos
hidrocarbonetos revela grande importância na cena internacional, com os atores
tradicionais, companhias e países produtores, mas também dos recém chegados ao
clube dos grandes países consumidores. Mais do que nunca, se a grandes desafios
para a segurança dos aprovisionamentos e das infra estruturas são
determinantes, porque as ameaças terroristas juntam-se, às incertos capacidades
dos diferentes atores para responder a uma crescente procura desta energia que
há mais de um século faz girar o mundo. Através das geopolíticas do petróleo,
que bem podem explicar e ou prefigurar os conflitos, o maior interesse deste
ponto de vista, se é analisar entre uma bela descrição dos desafios planetários
de potências e afirmações políticas regionais e a sua evolução através de uma
volta ao mundo das maiores zonas de produção, as «rotas do petróleo» onde se
desenrolam grandes manobras, mais estratégicas que nunca, entre as
empresas estatais, companhias petrolíferas transnacionais e interesses
políticos e financeiros mundializados.
Após o fim da Primeira Guerra Mundial o Oriente
Médio se tornou o principal produtor de petróleo do mundo, o que gerou
interesse nos europeus que dominaram a região por épocas, explorando suas
riquezas. Aos poucos os países do Oriente Médio adquiriram independência
política até que em 1970 tinha mais de 90% de sua produção petrolífera
controlada por sete companhias. As “Sete irmãs”: Exxon, Mobil, Standart Oil,
Texaco, Gulf (EUA), British Petroleum, Royal Dutch Shell (Holanda). Os países
produtores das transnacionais romperam com as “Sete Irmãs” o que deu origem a
Organização dos Países Exportadores de Petróleo, a OPEP. Em 1973 outros países
se juntaram aos 5 fundadores da OPEP, constituindo 12 membros na época da
crise: Irã, Iraque, Arábia Saudita, Kuwait, Venezuela, Líbia, Argélia,
Indonésia, Emirados Árabes, Nigéria, Catar, Equador e Angola. No início a OPEP
não foi bem sucedida, pois o valor do petróleo foi caindo ao longo dos anos com
a desvalorização do dólar. Mas com a procura crescente por fontes de petróleo,
por parte de países como a Itália e o Japão e por empresas americanas,
contribuiu para que os países produtores exigissem das empresas condições mais
favoráveis.
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